O Projeto Socioprofissional é uma Mediação Didático- Pedagógica de inserção social e profissional. O Projeto Socioprofissional também faz parte dos vários projetos transversais “intrínsecos” e “extrínsecos à pessoa” (CALVÓ &GIMONET pp. 54-55) no sistema de Alternância.
Foto: Aluno do Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, em Regime de Alternância do IFNMG-Campus Almenara durante o tempo/espaço comunidade.
O Projeto Socioprofissional é realizado pelos alunos sob a orientação dos professores e/ou monitores das áreas técnicas e propedêuticas. Tudo começa com uma orientação para que os alunos suscitem questões técnicas relacionadas aos principais arranjos produtivos locais e que realizem levantamento de dados nas suas próprias comunidades rurais. A questões técnicas suscitadas são previstas no Plano de Estudo e embasadas nos blocos temáticos do Plano de Formação.
Depois de realizada a pesquisa e com os dados levantados em mãos, os alunos terão condições de optar pelo objeto mais viável para o seu Projeto Socioprofissional. Escolhido e construído o projeto, os mesmos o defendem em uma banca composto pelo professor ou monitor orientador, professores convidados e demais monitores. Geralmente as defesas dos Projetos Socioprofissionais ocorrem no início do 2º ano do Ensino Médio.
Algumas instituições que adotam a Pedagogia da Alternância optam por agendar a apresentação do projeto antes do último ciclo de estudos e ainda outras optam por não tornar a execução do Projeto Socioprofisional um item obrigatório para fins de avaliação ou condição para certificação da conclusão da formação profissional do aluno.
O Projeto Socioprofissional é bem característico da Pedagogia do Projeto e da Pedagogia do Trabalho, peculiares e muito presentes na Pedagogia da Alternância. Por ser um dos mediadores de inserção social e profissional, o Projeto Socioprofissional dá ao aluno “oportunidade de diagnosticar, planejar, de gerar trabalho e renda” (BEGNAMI, 2019 p. 125) e lhe permite “exercer uma primeira responsabilidade no mundo produtivo (…) possibilitando-lhe obter recursos iniciais que lhe proporcionem autonomia e possibilidades de contribuição solidária com a sua família” (CALVÓ E GIMONET, 2014 p. 54).
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“Na Alternância não há aluno, mas ator socioprofissional, no sentido de que o estudante deve se tornar ativo no processo educativo” (BEGNAMI, 2018 p. 122).