Por onde Começar?

Foto: Coordenadora do curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, em Regime de Alternância durante reunião com docentes do curso.

Ação Coletiva:

O Projeto Pedagógico em Movimento

O Projeto Pedagógico do curso tem como base o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, a Base Nacional Comum Curricular, os Parâmetros Curriculares Nacionais e demais instrumentos legais para aprovação do sistema que rege a educação. Entretanto, também considera os anseios das comunidades rurais que serão impactadas pelo curso e envolvidos no processo educativo. Para isso acontecer na prática, a construção se dará partindo da construção dos blocos temáticos vindo das vozes do campo.

A construção do currículo do curso é desenhada a partir das percepções e entendimentos que escola, família e comunidade têm sobre os contextos rurais locais e regionais. Estas percepções são sistematizados pela equipe multidisciplinar que categorizará em temas geradores. Daí, os temas geradores comporão blocos de conteúdos e/ou organizações temáticas. Estas, agrupadas, representarão recortes da realidade essenciais a aprendizagem de forma que os saberes e fazeres escolares se tornem significativos para o coletivo e permeie toda a ementa das disciplinas do currículo do curso.

O curso se pretende atender não só o perfil profissional de formação definido e privilegiado no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos como competências a serem desenvolvidas ao final do curso, mas também pretende atender aos princípios da Educação do Campo e aos pilares da Pedagogia da Alternância. Isto significa dizer que a escola deve pensar no perfil profissional delineado do ponto de vista dos próprios sujeitos de direito da Educação do campo; isto é, um perfil profissional direcionado às demandas sociais, políticas, econômicas e culturais das comunidades do campo locais e regionais.

Foto: Alunos do curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, em Regime de Alternância durante mística apresentada à comunidade na semana de integração entre turmas de 2017 e 2019.

O objetivo não é apenas formar técnicos para atuarem no campo, e sim profissionais que saibam, além de atuar profissionalmente, se posicionar na sociedade de forma crítica e autônoma. Profissionais capacitados para atuarem na perspectiva da produção familiar, das ações afirmativas de desenvolvimento dos arranjos produtivos locais do campo e que entendam como ele e sua comunidade está envolvida no motor da história.

Para isso, o Projeto Pedagógico do Curso pretendido deve se adequar às tecnologias sociais e estar alicerçada nas finalidades dos Institutos Federais, nos princípios da Educação do Campo e nos pilares da Pedagogia da Alternância. Por fim, o projeto integrador direcionará seu Processo Seletivo nesse sentido.

A definição do perfil profissional do discente ingresso e do discente egresso é um aspecto fundamental para se definir o modelo do Processo Seletivo. As estratégias de integração curricular e a definição de formação integral caminham com o processo de seleção do ingresso.

A Pedagogia da Alternância deve ser pensada como metodologia pedagógica composta de princípios, objetivos e mediações que orientam não só o perfil profissional do egresso e os conteúdos que organizarão o currículo como também o perfil do público alvo que se pretende atender com o curso, privilegiando a originalidade rural, a motivação do candidato e os saberes vivenciados por estes.

“Na Alternância não há aluno, mas ator socioprofissional, no sentido de que o estudante deve se tornar ativo no processo educativo” (BEGNAMI, 2018 p. 122).

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