Círculo de Cultura

As vozes do Campo como estratégia de Integração do Currículo

Introdução

Traça-se aqui a caminhada para a construção do Projeto Pedagógico tal como a própria “caminhada criativa” da Pedagogia da Alternância (GIMONET, 2007). A escuta das vozes do campo é o primeiro passo dessa caminhada; é também a gênese da Pedagogia da Alternância que se deu a partir da escuta da voz de pais agricultores preocupados com o futuro, profissão, agricultura e vida rural dos seus filhos.

Os agricultores que deram origem à Pedagogia da Alternância queriam que seus filhos estudassem, mas também desejavam que não fossem impactados pelas quatro paredes da escola de modo a perderem a identidade.

Foto: Representação de temas geradores que expressam anseios de moradores de comunidade rural.

A Pedagogia da Alternância é ligada a uma dinâmica de currículo aberto e em movimento, que dá vida à integração curricular. O Projeto Pedagógico de um curso que utiliza a Pedagogia da Alternância como metodologia leva em consideração o bom senso para com a complexidade do contexto de cultura, de trabalho e os saberes e fazeres populares dos povos do campo, que são princípios da Educação do Campo.

Para atender estes princípios, a escola conta com várias pedagogias para dialogar com estes princípios, dentre elas a Pedagogia da Alternância. Para isso acontecer na prática, a construção dos blocos temáticos de um curso em regime de alternância se dá partindo das vozes do campo.

“Esta, à base da qual se pretende elaborar o programa educativo, em cuja prática educadores-educandos e educandos-educadores conjuguem sua ação cognoscente sobre o mesmo objeto cognoscível, tem de fundar-se, igualmente, na reciprocidade da ação. E agora, da ação mesma de investigar” (FREIRE, 1987 p.64).

Para Freire (1987), a investigação dos temas geradores, também chamada de investigação temática, se dá a partir de um “processo de busca, de conhecimento, por isto tudo, de criação, exige de seus sujeitos que vão descobrindo, no encadeamento dos temas significativos, a interpenetração dos problemas” (FREIRE, 1987 p.64).

“A investigação da temática, repitamos, envolve a investigação do próprio pensar do povo. Pensar que não se dá fora dos homens, nem num homem só, nem no vazio, mas nos homens e entre os homens, e sempre referido à realidade” (FREIRE, 1987 p. 64)

“Significação conscientizadora da investigação dos Temas Geradores” (FREIRE, 1987)

Na metodologia da “Significação conscientizadora da investigação dos Temas Geradores (FREIRE, 1987 p. 62), Paulo Freire defende que o vínculo com a comunidade é a comunicação e a escuta. É de onde sairão as informações mais importantes para a construção do currículo, o ideal para o público demandante do curso. Afinal, o Ensino Integrado vem da realidade. A realidade é que deve ser integrada.

De acordo com Freire (1983), “a educação é a comunicação, é o diálogo; a educação não é transferência de conhecimento” (FREIRE, 1983 p.44), ou seja, é uma unidade de diversidade de pensamentos que se integram em um pensamento mútuo. Na ação comunicativa é preciso a integração da ciência com a realidade dos sujeitos. Respeitar como estes pensam e percebem a realidade sobre o qual exercem uma prática transformadora. 

Segundo Freire (1987), a comunicação não pode ser de caráter individual, mas sim social.  Portanto, é preciso ir à comunidade. É preciso a pedagogia da escuta, a pedagogia das parcerias, sair dos muros da escola, sair da mesa de reunião, da frente do computador e ir até às pessoas para formar redes de contato. Afinal, a escola é feita pelas pessoas. As parcerias conhecem a comunidade e podem ajudar em muitas situações, inclusive em momentos de crise.

As opções da equipe da escola para as ações de integração do currículo dependerão da demanda desenhada nos dados coletados durante os diálogos com a comunidade local, com a comunidade escolar e com os demais envolvidos no processo formativo para a construção do eixo integrador.

Veja o roteiro de uma metodologia de Círculo de Cultura utilizada na comunidade rural Vila Bom Jesus (Igrejinha), no município de Arinos (MG), para levantamento dos temas geradores e construção dos blocos temáticos. Esse roteiro foi baseado no Círculo de Cultura criado pelo educador Paulo Freire e servirá como guia para o planejamento de diretrizes e operações para a construção do currículo integrado.

Junto com os moradores da comunidade todos tiveram a oportunidade de debater sobre a realidade local, a trajetória da comunidade através dos tempos, sua importância e sua historicidade, assim como os problemas e as expectativas da comunidade quanto ao futuro.

O IFNMG-Campus Arinos realizou um Círculo de Cultura na comunidade rural Vila Bom Jesus (Igrejinha) no município de Arinos (MG), em 24 de agosto de 2020, com o objetivo de levantamento dos temas geradores e construção dos blocos temáticos que nortearão a organização curricular de um projeto de curso. Essa experiência norteará as etapas a seguir para investigação dos temas geradores

As fotos que seguem fazem parte do arquivo pessoal da pesquisadora quando do Círculo de Cultura na Fazenda Menino, local de realização da investigação. Os procedimentos conduzirão a construção de um instrumento crucial na Pedagogia da Alternância: O Plano de Formação.

Planejamento por meio da investigação dos Temas Geradores

Segue as etapas para a organização e sistematização de um Círculo de Cultura. Estas etapas foram organizadas com base no livro Pedagogia do Oprimido do educador Paulo Freire, a fim de colaborar com educadores e educadoras que desejam utilizar o Círculo de Cultura como metodologia investigativa para elaboração de uma organização curricular integradora e participativa.

Analise o Mapa Mental abaixo e siga as instruções em seguida. As ações são compostas de 8 (oito) etapas.

Imagem: Mapa Mental dos procedimentos para realização de Círculos de Cultura.
Fonte: Própria autora.

1ª Etapa: Estudo e Planejamento

O planejamento é a etapa mais importante antes de qualquer ação. O ideal é que a equipe multidisciplinar faça observações prévias do “trabalho no campo; que assistam a reuniões de alguma associação popular, observando o procedimento de seus participantes, a linguagem usada, as relações entre diretoria e sócios; o papel que desempenham as mulheres, os jovens” (FREIRE, 1987 p. 67) e estude as temáticas envolvidas no Círculo de Cultura, nos Temas Geradores e sua base na metodologia da “Significação conscientizadora da investigação dos Temas Geradores” (Freire, 1987 p.62)

Após esse passo preliminar, o ideal é que a equipe realize seminários “no qual se vão avaliando os achados, quer dos investigadores profissionais, quer dos auxiliares da investigação, representantes do povo, nestas primeiras observações que realizaram” (Freire, 1987 p. 67).

Esse procedimento é o que Freire chama codificação e descodificação. E a partir da codificação, a “análise de uma situação existencial concreta, “codificada”, se verifica exatamente este movimento do pensar” (FREIRE, 1987 p. 62). Após os estudos e capacitações necessários, a equipe traçará as linhas gerais das ações de investigação esboçando os passos em relatórios.

Para encontrar o modelo de Planejamento de um Círculo de Cultura, clique no botão abaixo:

2 ª Etapa: Acolhida

De acordo com Freire (1987) essa etapa de investigação contém seus riscos e dificuldades.

É preciso convencer os moradores da comunidade a dialogar com a equipe multidisciplinar sobre a realidade local, a trajetória da Comunidade através dos tempos, sua importância e sua historicidade, assim como os problemas e as expectativas da Comunidade quanto ao futuro.

Para os investigadores conseguirem reunir um certo número de presentes, serem acolhidos e acolhê-los, é preciso estabelecer simpatia e confiança. O ideal é que os investigadores consigam estabelecer um mediador do contato: um líder morador conhecido e respeitado na comunidade, um representante local de confiança, ou mesmo um alguém detentor de cargo público que represente bem a comunidade em instituições públicas.

É recomendável que se sensibilize o mediador do contato e/ou participantes da investigação para organizar café da manhã, lanche e/ou almoço coletivo como parte do momento da acolhida.

“É que, neste encontro, os investigadores necessitam de obter que um número significativo de pessoas aceite uma conversa informal com eles, em que lhes falarão dos objetivos de sua presença na área. Na qual dirão o porque, o como e o para que da investigação que pretendem realizar e que não podem fazê-lo se não se estabelece uma relação de simpatia e confiança mútuas.” (FREIRE, 1987 p. 65).

3ª Etapa: Mística

Mística são símbolos representados em objetos, imagens ou sons que despertarão  nos membros da comunidade rural sensações relacionadas com memórias afetivas de sua realidade e vivências passadas e presentes.

É como um canal de comunicação que visa a imersão dos indivíduos investigados no diálogo. Segundo Freire (1987), a equipe deve buscar formas que representem realdades que não sejam estranhas aos indivíduos.

A mística é utilizada após os investigadores terem “reduzido” o tema e sua representação. É composta por símbolos representados por canal visual e táctil, tais como um violão com faixas de folia de reis, pandeiros, caçarolas, chapéus de vaqueiro, sementes, panelas de ferro antigas, garrafas com condimentos, sabão caseiro, bucha do mato, doces caseiros, ferro de passar antigo, artesanatos tradicionais e mudas de plantas. Também se utiliza canais gráficos representados por livros e bandeiras de representatividade dos povos do campo.

Geralmente se reserva um espaço central do círculo do diálogo para montagem ou passagem da Mística. Logo após, inicia-se a apresentação dos coletivos. Exemplo de perguntas para se fazer na apresentação: (1) Qual é o seu nome? (2) Qual comunidade você mora, (3) Qual expectativa em relação a esse momento?

Foto: A Presidente da Associação, a Senhora Maria Alice, se identificou com uma flor em meio à Mística montada no meio do círculo. Segundo ela, o símbolo “é a flor do sertão”.

“Uma primeira condição a ser cumprida é que, necessariamente, devem representar situações conhecidas pelos indivíduos cuja temática se busca, o que as faz reconhecíveis por eles, possibilitando, desta forma, que nelas se reconheçam. (…) são o objeto que, mediatizando os sujeitos descodificadores, se dá à sua análise crítica, sua preparação deve obedecer a certos princípios que são apenas os que norteiam a confecção das puras ajudas visuais” (FREIRE, 1987 p. 69).

Foto: Mística montada durante o Círculo de Cultura realizado pelo IFNMG-Campus Arinos na Comunidade Rural Vila Bom Jesus (Igrejinha) no município de Arinos/MG. Momento de apresentação dos coletivos

“Na medida em que representam situações existenciais, as codificações devem ser simples na sua complexidade (…) As codificações não são slogans, são objetos cognoscíveis, desafios sobre que deve incidir a reflexão crítica dos sujeitos descodificadores (…) No processo da descodificação os indivíduos, exteriorizando sua temática, explicitam sua “consciência real” da objetividade (…) A escolha do canal visual, pictórico ou gráfico, depende não só da matéria a codificar, mas também dos indivíduos a quem se dirige. Se têm ou não experiência de leitura” (FREIRE, 1987 pp. 69, 79).

4ª Etapa: Composição da Plenária

A metodologia para início da execução dos trabalhos de investigação in loco é precedida da composição da Plenária para as dinâmicas de investigação dos Temas Geradores. Para isso, seguem os seguintes passos:

1- Animadores ou motivadores das falas de sensibilização à comunidade.

2- Articulares das discussões do coletivo composto por representantes da comunidade.

3- Organizadores do debate composto pelos membros do Núcleo e/ou representantes da comunidade.

4- Pessoas da comunidade ou das lideranças presentes responsáveis pelas anotações em ata e anotações das respostas e das discussões em folhas ou cartazes.

Obs.: O número dos que comporão a plenária dependerá da quantidade de pessoas estimada para o Círculo de Cultura.

“Os camponeses somente se interessavam pela discussão, quando a codificação dizia respeito, diretamente, a aspectos concretos de suas necessidades sentidas. Qualquer desvio na codificação, como qualquer tentativa do educador de orientar o diálogo, na descodificação, para outros rumos que não fossem os de suas necessidades sentidas, provocavam o seu silêncio e o seu indiferentismo” (FREIRE, 1987 p. 70).

É o momento de socialização oral das discussões dos pequenos grupos com registro em plenária. O ponto alto da ação de investigação. A metodologia para início dos diálogos para investigação dos Temas Geradores segue os seguintes passos:

1 – Divisão dos grupos e discussão;

2 – O grupo escolhe quantos e quais membros comporão seu grupo;

3 –  O grupo decide se terá um redator ou se pedirá ajuda para o (a) organizador (a) do debate;

4 – O grupo receberá uma folha (papel cartolina) para registrar suas opiniões.

Os animadores iniciam a motivação para as discussões pedindo ao grupo que escolha um nome para seu grupo. Nesse momento geralmente iniciam-se as  discussões e registros nos grupos.

Para motivar o encerramento das atividades de discussão o animador e o organizador do debate perceberão o melhor momento para o grupo escolher seu ‘grito de ordem’ ou ‘grito de guerra’.

Ao final, o representante da Associação Comunitária responsável pelo registro em ata fará a leitura para os presentes e solicitará assinatura. Neste momento geralmente encerram-se as discussões formais e realiza-se um momento de confraternização final típica da localidade.

Foto: Momento de confraternização em comemoração ao êxito e encerramento dos trabalhos realizados pelo IFNMG-Campus Arinos na Comunidade Rural Vila Bom Jesus (Igrejinha) no município de Arinos (MG).

“A investigação do pensar do povo não pode ser feita sem o povo, mas com ele, como sujeito de seu pensar. E se seu pensar é mágico ou ingênuo, será pensando o seu pensar, na ação, que ele mesmo se superará. E a superação não se faz no ato de consumir idéias, mas no de produzi-ias e de transformá-las na ação e na comunicação” (FREIRE, 1987 p. 64).

Quando a investigação da escola na comunidade se mostra desvinculado aos objetivos da Educação do Campo há uma flagrante violência de impor sobre sujeitos “saberes escolares inúteis, alienantes e que não acrescentam em nada os saberes socialmente construídos” (ARROYO E FERNANDES, 1999 p.31).

As estratégias de Integração curricular e formação integral devem ser construídas democraticamente junto à comunidade na qual a instituição escolar está inserida. Portanto, deve partir de um diagnóstico dos temas geradores na comunidade local (PASSOS E MELO, 2012).

6ª Etapa: Visitas de descodificação

A equipe retorna ao local com as codificações estudados pela equipe interdisciplinar com todos os possíveis ângulos temáticos para realizar os diálogos descodificadores, nos círculos de investigação temática. Deve-se gravar as discussões para serem posteriormente analisadas pela equipe interdisciplinar, especialistas (um psicólogo e um sociólogo) e representantes da comunidade.

Num esforço de “redução” da temática significativa, a equipe reconhecerá a necessidade de colocar alguns temas fundamentais que não foram sugeridos pelos membros da comunidade quando das investigações. São os chamados “temas dobradiças”. A equipe multidisciplinar, durante as discussões, sentirá o vazio entre os temas disciplinares e os temas da comunidade (os temas geradores) e introduzirão conteúdos contextualizados que mantém relação com a visão de ambos os temas.

7ª Etapa: Achados da Investigação

A equipe inicia um trabalho investigativo dos achados, um estudo sistemático e interdisciplinar do material juntado nas visitas. Os grupos de trabalho realizam estudos, reflexões e debates dentro de um contexto das descodificações dos círculos que, segundo Freire (1987), ocorre do seguinte modo:

“Num primeiro instante, ouvindo gravação por gravação, todas as que foram feitas das descodificações realizadas e estudando as notas fixadas pelo psicólogo e pelo sociólogo, observadores do processo descodificador, vão arrolando os temas explícitos ou implícitos em afirmações feitas nos “círculos de investigação” (FREIRE, 1987 p. 73).

Daí, surgirão temas que deverão ser classificados num quadro geral contendo os conteúdos escolares, como fazendo parte de ementas de disciplinas, contudo sem serem vistos como uma matriz curricular. Trata-se de apenas um ensaio. Posteriormente, “caberá a cada especialista, dentro de seu campo, apresentar à equipe interdisciplinar o projeto de ‘redução’ de seu tema.” (FREIRE, 1987 p. 73).

Saiba mais sobre esta Etapa da investigação acessando “blocos temáticos” ou baixe um modelo de Plano de Formação clicando no link abaixo:

Durante as reuniões de cada projeto, geralmente os presentes anotam as sugestões dos especialistas, que “ora se incorporam à “redução” em elaboração, ora constarão dos pequenos ensaios a serem escritos sobre o tema “reduzido”, ora uma coisa e outra” (FREIRE, 1987 p. 73). Dali estes ensaios surgirão como as ementas das disciplinas, agregando-se a eles as sugestões de referências bibliográficas.

8ª Etapa: Organização do Plano de Formação

A equipe multidisciplinar composta por um Núcleo de Educação do Campo criado na escola poderão encerrar a ação com a sistematização com a identificação temas geradores e espaços de aprendizagem e categorizá-los em Blocos Temáticos para posterior construção do Plano de Formação.

Os dados da realidade do meio familiar do estudante de origem rural é organizado de forma crítica, articulando-os aos conteúdos escolares. Estes dados são envolvidos no “eixo diretor”, ou seja, o Plano de Formação, que será o “plano de vôo do percurso formativo e educativo”. Ele integra toda a organização curricular, todo o programa acadêmico e todos os instrumentos didáticos metodológicos da Pedagogia da Alternância (GIMONET, 2007 p.70).

A imagem ao lado é um recorte de um Plano de Formação adaptado de Gimonet (2007) páginas 74 e 75.

Após isso, a equipe realizará a apresentação do Plano de Formação para aprovação da plenária em Audiência Pública. Assim, o currículo do curso produzido de forma integrada, isto é: a partir das percepções e entendimentos que a escola, família e comunidade têm sobre os contextos rurais locais e regionais, dentro de uma perspectiva de transversalidade dos conteúdos de formação técnica e propedêutica dialogando com os saberes e fazeres locais.

“A sua última etapa se inicia quando os investigadores, terminadas as descodificações nos círculos dão começo ao estudo sistemático e interdisciplinar de seus achados (…) vão arrolando os temas explícitos ou implícitos em afirmações feitas nos “círculos de investigação”. Estes temas devem ser classificados num quadro geral de ciências, sem que isto signifique, contudo, que sejam vistos, na futura elaboração do programa, como fazendo parte de departamentos estanques” (FREIRE, 1987 p. 74).

É assim … os meninos quando completam … completam o terceiro ano, né, eles pega – outros nem completam – pega e vai embora. Eu conheço muito aí de igrejinha que já fizeram isso. Aí nem completa, vai embora. Chega lá não arruma nem serviço direito lá não por causa do estudo, que não completou aqui. Aí fica esses meninos lá assim, de qualquer jeito lá, sem identidade nenhuma, nada né. Sendo que aqui, sendo que aqui se tivesse uma instituição de lá para cá, do instituto de lá pra cá, esses meninos ia aproveitar mais e aprender trabalhar, e profissionalmente … e trabalhar né”.

(Maria Alice Teixeira – Presidente da Associação Comunitária Vila Bom Jesus em Arinos/MG).

“Quanto mais investigo o pensar do povo com ele, tanto mais nos educamos juntos. Quanto mais nos educamos, tanto mais continuamos investigando” (FREIRE, 1987 p.65).

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